sábado, 23 de setembro de 2017

Parece primavera

Arruma um tempinho e espalhe - se.
Escreva bobeiras. Rabisque telas.
Ouça Cartola, Chico, Anitta, Elza...

Deixe  o seu perfume no ar.
Escolha um jeito novo de pensar.
Não prefira só a Primavera.

Na batalha bruta, às vezes é preciso lapidar - se.

Se algo não deu certo.
Não deu.
É questão de recomeçar.

Sandra Modesto.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Bem feliz. Benfazeja Revista.

Não precisamos de muito.
Precisamos ter lindos e livres sonhos.
No momento, texto PRONOMES selecionado para a edição da revista, Benfazeja.
Amei.
Aguardem novidades.
Beijaços!
http://revistabenfazeja.com.br/



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

TAL MÃE - TAL FILHA

Minha musa inspiradora.

Escrito no dia nove de setembro. Aniversário da minha mãe...

Hoje seria aniversário da minha mãe. Ela completaria setenta e oito anos.
Mas...
O presente virou futuro do pretérito.
Por isso, garçom, desce aí uns vinhos bem doces, toca um Chitãozinho e Xororó, um Tonico e Tinoco, um Tião Carreiro e Pardinho, manda logo um recado pra ela, diz que ela foi minha musa inspiradora, que eu agradeço por ela ter curado meus porre" rsrs
Que ela foi minha ressaca moral, bem do jeito dela, errou, acertou, e me deixou.
É. Caramba, minha mãe era maior gata!

Sandra Modesto


 TAL MÃE                           TAL FILHA

 




quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Crônica, cachorro, livre.



Olá, pessoal! Meu último texto de agosto. Lembrando que, o mês de agosto tem várias versões sobre: “O mês de cachorro louco". Uma delas é pelo simples fato de que as cachorras estão no cio.
Uma louca escreveu:
Quando Chico Cresceu...
Meu cachorro, Chico Buarque Modesto, chegou aqui em casa, tão amorzinho!
Tão pequenino!
Mas 
Duas semanas depois, ele conseguiu subir na poltrona alta.
- Gabriel foi você quem colocou o Chico aí?
- Não, mãe. Ele subiu sozinho.
O Chico na poltrona olhando o Gabriel trabalhar no computador. Observei a cena.
Em seguida, o Chico deitava no tapete da sala, pegava meus livros e eu tive que ser bem esperta.
- Meus livros não, Chico Buarque!
Ele não ficava quieto de jeito algum.
Cresceu muito. Está com treze meses.
Vive no quintal. Lá, ele já destruiu roupas no varal, livros velhos que ficavam na casa bem espaçosa onde ele dorme e se alimenta, já quebrou uma antena. Se eu desço por lá, ele acaba comigo. (Risos)
O único que ele aceita é o meu marido.
Um dia desses, eu pensei, no auge da minha carência, e, verbalizei:
- É o seguinte; eu quero um cachorro pra ficar perto de mim. Entrar na sala, pular no sofá, eu quero abraços, carinho...
O Chico não gosta nem de passear. No jardim ele fica. 
Pensei, imaginei viver sem o CHICO.
É. Definitivamente, não. Ele dá sonoridade, a grade que separa a morada dele do meu espaço, é minha comunicação diária de liberdade.
Agora, ele cismou em aparecer nas minhas selfies.
Rasgou em pedaços a rede que eu tinha.
Está terminando de rasgar uma parte do toldo da janela lateral da sala.
Entendi porque não posso ficar sem meu Chico.
O Chico rasgou minha solidão.
O Chico destruiu minha pequenez
Comprei uma rede nova igual a que ele destruiu. Rede é tecida.
Chico tece e aquece a rede do meu coração.
Cachorro tem sentimentos.
Feito gente.
Chico é o meu melhor agente.
Sandra Modesto.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

UM CASO A GOSTO DO FREGUÊS >> Sandra Modesto


N o começo de junho sabe aqueles dias de temperatura maluca?
Pela manhã, tempo frio, à tarde um sol quente e durante a noite só a gosto de Deus?
Eu fui ao centro da cidade atualizar minha agenda:
Dentista, ótica, e, tinha vinte reais na carteira.
Peço um táxi pra ganhar tempo? Vou de ônibus pra economizar?
A segunda opção me agradou mais.
Muita gente aguardando o transporte público, conversa vai, conversa vem.
- Sabe se o Nadime Derze já passou?
- Passou há uns minutinhos. Respondi.
 Era um garoto. Saquei o desânimo no olhar dele ao ouvir minha resposta.
- O próximo demora muito? (perguntei)
- Uns quarenta minutos.
Chegou uma estudante. Vi que era universitária. Usava moletons e uma mochila.
- Você viu se o Ituiutaba clube já passou?
- Não. Estou esperando por ele. Daqui a pouco ele vem.
Observei que todos nós usávamos celulares. Conectados!
Chega uma mulher quase gritando em alto e bom tom:
- Que isso eu hein? Eu queria um picolé, mas, o "picolezeiro"  está muito fedido. Que nojo! Não compro de jeito nenhum! Parece que nunca usou desodorante na vida!
- Desculpa, minha senhora, eu nem a conheço. Só acho que falar isso é muito estranho. A senhora está atrapalhando as vendas de um senhor e o mais grave: Sendo preconceituosa e desumana. A senhora sabe se ele tem dinheiro pra comprar desodorante? Conhece a realidade dele?
- Que isso minha filha, meu avô morreu com oitenta e cinco anos e sempre viveu cheirosinho.
- Cada caso é um caso. Não junte a história de quem a senhora conviveu a vida toda com quem a senhora acabou de ver. Por falar nisso, eu vou até lá confirmar o cheiro dele.
Fui. Aproximei-me do senhor. Bem próxima cumprimentei. Perguntei o nome, a idade, o bairro em que morava, se era aposentado.
- Sou aposentado minha fia. Mas eu vendo os “picolé” pra ajudar a pagar as continha, comprar uma carninha. É isso aqui que ajuda.
O senhor vendedor de picolés, não estava cheirando nada. A não ser o perfume de alguém que segue a vida sem ter tido oportunidades. Aos sessenta e oito anos ele aparenta bem mais. A pele bem marcada com rugas e manchas de sol. Se ele não tem dinheiro pra comprar desodorantes é sarcástico pensar que ele tenha dinheiro ou gastará seu mísero rendimento com protetor solar.
Disse tchau desejei boas vendas e que o inverno fica mais complicado, mas, que a temperatura em Ituiutaba ia esquentar logo, logo.
Voltei ao ponto de ônibus e olhei pra quem tinha desdenhado do trabalhador que não usava desodorante:
- Engraçado, eu não senti mau cheiro. Acho que meu nariz está entupido.
Sandra Modesto

domingo, 2 de julho de 2017

Chico Artista Brasileiro

A velha vida.

CRUZAMENTOS
Estava sozinha e usava jeans com chinelos. Subindo a pé naquela rua, notou que lavavam o carro na calçada de uma casa.
Esfregavam e enxaguavam juntos; as rodas, pneus, partes do fusca. Branco.
O portão estava bem aberto.
Olhou cenas reais. Muitas pessoas em movimento.
Uma mulher várias crianças um cachorro, cadeiras, plantas, conversas, risos, tudo natural, não fosse à personagem principal. Uma senhora idosa, sentada em uma cadeira.
 Usava um vestido florido, os cabelos e a pele denotando a passagem transformadora do tempo. Gesticulava movimentos trêmulos, boca entreaberta, mas ao derredor, pessoas mais jovens consideravam a mais velha da casa, como parte de um todo. Escolheram não abandonar, não depositar no asilo, queriam, preferiram assim. A personagem à cadeira não entendia nada. Não sabia mais quem era quem, não sabia mais nem quem era ela. E daí?
A mulher que caminhava sozinha e usava jeans, era eu.
Enquanto andava fiquei me perguntando:
Será que tenho medo da morte ou tenho medo de morrer?
Vou morrer amanhã, domingo? Vou morrer...
Veio-me a memória musical; Gilberto Gil.
NÃO TENHO MEDO DA MORTE
“Não tenho medo da morte
Mas medo de morrer, sim.
A morte e depois de mim
Mas quem vai morrer sou eu
O derradeiro ato meu
E eu terei de estar presente
Assim como um presidente
Dando posse ao sucessor
Terei que morrer vivendo”.
Sandra Modesto. Autora do texto 1.

domingo, 25 de junho de 2017

Uma crônica cheirando vidas.

Crônica.


Crônica.
O MESMO ESPAÇO

Estava querendo muito caminhar pela cidade. Ontem, fim de tarde, realizei meu desejo. Peguei um material lindo. Eu imprimi e encadernei. São algumas páginas com temas sobre literatura, cinema, feminismo, racismo, lutas sociais, artes visuais... Evidente que para imprimir, pedi autorização á editora.
Há textos meus em duas edições.
Caminhando pude perceber o quão maravilhoso é o olhar. Não estou falando de poder enxergar. É o sentir mesmo, sabe?
Demorei quarenta minutos e cheguei a uma rua central, com trânsito movimentado, pessoas que não estavam curtinho feriado prolongado, pra lá e pra cá.
Deixei os exemplares na Biblioteca de Rua da avenida dezessete. Três moradores de bairros afastados aguardavam ônibus, foram presenteados com as revistas. Sorriram, ficaram surpresos, agradeceram...
Sentei para esperar meu ônibus. Dois senhores negros também aguardavam. Eu segurava meu celular quando um deles disse:
- Que danado de celular "bunito" é esse?
- Obrigada.
 “O elogio foi por causa da capinha do meu celular que tem uma película brilhosa e com uma paisagem. Por acaso, eu usava uma blusa com desenhos parecidos ao da capinha, que eu comprei por trinta e cinco reais. Aliás, a blusa também foi o mesmo preço. Aliás, as capas dos exemplares das revistas, possuem desenhos quase idênticos. Ah, eu usava uma saia com tonalidade rosa".
- Quanto está a passagem de ônibus? Eu quis saber.
- Não anda de ônibus não? Perguntou o segundo senhor.
- Ando. É que eu nunca sei ao certo. Vai que é outro preço, né?
Ele deu uma risadinha e respondeu educadamente.
Peguei o dinheiro na bolsa porque não gosto de fazer motorista ou cobrador esperar.
Meu ônibus chegou. Entrei feliz e observando ruas, avenidas e imaginando histórias de vida das pessoas, que, naquele momento, dividiam comigo o mesmo espaço.
Sandra Modesto.
( As imagens foram autorizadas pelos moradores.)
Para conectar- se com a autora:
https://www.facebook.com/
sandraluciamodesto.modesto
@SandraLuciaMode
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=160982

terça-feira, 6 de junho de 2017

Dia delas. As Crônicas.


Diálogo vencido
Eu:
- Gabriel!
- Fala mãe.
- A bicicleta da Jéssica, sua amiga, tem marchas, né?
- Tem.
- Você me ensina a andar?
- Oi? Mãe sabe quando a gente aprende a andar de bicicleta?
Completou:
- Quando a gente é criança, o pai, a mãe, a tia, o padrinho, leva pra praça, a gente cai, rala o joelho...
- Mas eu aprendo.
- Como? Você vai andar aonde?
- Aqui, na varanda, depois na calçada, depois na rua. Eu consigo.
- Sei, e o trânsito? Você toma remédios, tem epilepsia, marca passo, tem uma crise, e aí?
- É. Tá certo.
...................................................................................................................................................................

Epitáfio 2. A conversa
- Pai?
- Pai?
- Tudo bem. Eu conto.
- Eu estou digitando. No aplicativo.
É pai, ah, depois te explico.
Se você estivesse aqui, haveria uma festa, hein? Setenta e sete anos.
Mas, você foi embora. Com apenas cinquenta e sete. Nunca me esquecerei de sua habilidade em descascar laranjas. Dava-me bronca porque eu feria as laranjas. Caraca, você enchia uma lavadeira e as cascas saíam inteiras. E de uma cortada só. Dava gosto ver.
Pois é. Eu até hoje não domino essa arte. Na cozinha eu sou um desastre e você tinha razão.
Não aguento ser dona de casa. Lavar louça então. Coisas do coração.
Mas, tem uma galera que me ama, uns mimos, sabe?
Você entende.
Ih, minha caligrafia continua horrorosa.
Ainda bem que eu só tenho cadernos pra prevenir eventuais casos. Mas, ninguém entende minha letra. Nem eu. Heheh!
Olha, não esquenta, corretor é incorreto. Doido.
Lembra quando você me perguntava alguma palavra pra que eu respondesse o significado?
Ai, ai, com medo de errar, eu pegava meus livros de português, dicionário, um tempo corrido. Ainda bem que agora tem o Google.
Não, pai, não é gol. É uma pesquisa online.
Por falar em gol, nosso Vasco não está bom não.
Fica triste não. Nosso time não é o problema.
Se tem mais?
Muito. O país anda esquisito.
Não, pai, no meu nariz não entrou um mosquito.
Haha, lá vem você com esse humor imortal.
Por aqui, a gente ama internet.
Chiclete? Não, internet. Ah, esquece.
Penso que seu aniversário hoje, teria um bolo enorme.
Eu? Escreveria um haicai pra você.
Talvez / um livro/ novo/ pra te contar/ um dia/
A gente/ vai/ se encontrar.
Por enquanto, é assim. Eu incompleta. Não estou reclamando. Vou amando o que posso.
Vou vivendo. Meio agitada. Outras vezes cansada.
Agora, chega. A tela do meu celular está molhada.
Sandra Modesto.

Hoje tem haicai.


HAICAI

Então/ você/ me ama
Então/ a cama/ é nossa
Então/ estou disposta.
 (Haicai repentino)
Sandra Modesto.

Só mais um poema.

Sinopse:
Ao deparar-se com a foto de uma prima, a inspiração escorreu versos , poesia , prosa...

Poema para prima
É. Um dia a gente entende
Que as brincadeiras da infância
As risadas e os choros
Segredos e cumplicidade
São apenas uns dias
Nada mais.
Deparo- me com um retrato atual.
Tudo normal.
Um amor real que permeia verso
Marcando algumas estrofes.
Sônia igual
Eu igual.
Somos meninas no universo
Somos flores, espinhos, caminhos.
Dureza e carinho.
Sandra Modesto.

 
Sônia e Sandra.


terça-feira, 4 de abril de 2017

O texto abaixo é proibido para leitores mirins.




IMAGINANDO O PROFANO
DEU VONTADE

Ela sonhou que estava em um puteiro. Putaria? Bordel? Zona? Casa das "primas"?
No sonho era tudo muito engraçado. Era uma casa muita diferente. Não tinha sexo, não tinha nada, apenas presságios. Ela sentia. Medo? Pavor? Horror? Amor ou tesão?

O coração dela palpitava. Batia diferente. E ela... Sentia-se uma demente.
Que delícia ser insana. Ela insinuava. Sim, ela insinuava pra si mesma...
- Então, na putaria é assim? Ninguém invade? Ninguém ofende? Ninguém se despe?
Ninguém pula em cima da gente? Ah, pensei que ser puta fosse mais emocionante!
Ela tinha a pele crocante e os cabelos bem curtos. Muita bunda, pouco peito, ah, mas, empinados, os dois...
Para desmitificar as cenas do sonho, ela sentiu: Precisava valorizar o mito de um.
Puteiro...
- Há! Quero tudo do jeitinho que ouvi quando menina, do jeitinho que imaginava na adolescência, do jeitinho que todos espalhavam a respeito de uma putaria.
A louca não gostava de pirataria, gostava de originalidade...
- Vem, gente! Onde estão os que gostam de sexo grupal? Variedade? Desejo carnal?
Gritarias?
Profana. Desmistificando o que ela sempre pensou que fosse, Rosana não queria mais ser santa. Desejos profanos invadiram seu sonho.
Por alguns instantes, Rosana pedia pra sentir-se puta, e no fundo do coração, pedia muito que o homem que amava tanto a salvasse. 

Havia homens estranhos; Jovens, maduros, negros, brancos, umas mulheres amáveis, um armário cheio de roupas, um móvel recheado com sapatos....
Que insensata! Rosana começou a sentir um enorme desejo de que o sonho terminasse. Até que surgira no meio de tantas personagens, uma amiga do passado. Rosana se prendeu aos braços da amiga, um abraço diferente. O sonho começou a deixar Rosana mais calma. As duas, num gesto e em um toque sensorial, físico e gostoso realmente, sorriram aos olhos do ataque do carinho de seus braços.

- Você também está aqui.
- Você também está aqui.
Rosana acordou. Despertou para a realidade. Deu um pulo no seu homem, sentiu-se bem profana, foi fazer amor, foi ser puta de verdade.
Sandra Modesto
Parte superior do formulário



Haja poesia pra não morrer.

BILHETE ABERTO

Rafael recebeu após um rompimento amoroso:

"Olá, proponho um  segundo encontro.
Precisamos dele.
Para matar as saudades,
Para rever alguns pontos,
Quem sabe estreitar os laços?
Não aos embaraços.
Bem intencionada, quero apenas te contar: poemas. Poemas prosaicos;
Da primeira à última linha, não faço nada demais.
Apenas quero você. Lendo todos esses escritos, versos meus, versos seus, nossos versos de saída, versos de nossas vidas.
Antigos e novos versos, pedaços meus.
Agradeço, mando um abraço, encantos e desencantos distantes.
De agora em diante:
Perto dos olhos seus.
Ele correu para alcançá-la numa rua deserta. Renata era o nome dela."

Não sei o que houve depois...

Sandra Modesto.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Um texto e um poder feminino!






Ela chegou sozinha, disposta a conquistar sonhos, não revelados por muitos anos. Era clara a decisão, transparente a ocasião, nada ou. Chegou revelando emoção.
 Foi direta ao ponto, mostrando carinhos, lábios, arrepios e calafrios.
Ele chegou meio sem jeito, com um nó peito. A despeito de encontrá-la tão diferente pensou em desistir de tudo, mas, no fundo sabia... Isso jamais aconteceria. Tudo era quase nada do que ainda queria sentir ao lado de alguém, e o alguém, era ela.
Pensando em tudo que viveram no passado, ela se fez toda ela. Disse de tudo, do mais profano ao profundo, do mais quente ao insolente, parecia quem nem era ela, e sim, alguém que não conhecia.
Ele ficou assustado, mas, logo, logo, espalhou amor que andava preso. Beijou como nunca antes.
Desencantou até o romance mais meloso, um olhou para o outro e queriam mais. Fizeram mais. Suaram mais. Mais uma vez, perfeito para quem desejava há dias... Meses? Anos? Horas? Não sabiam mais. Apenas sentir o gosto dos sentimentos.
- Eu sempre tive certeza dessas nossas travessuras... Quero assustar minha alma.
- Calma, agora, não tem mais desculpas, temos que assumir nossa culpa e navegar até quando o mar secar.
Ele e ela formaram "nós", elos, tão belos.
Nada mais interessava. A vida descruzada com o tempo? O tempo perdido após tantos anos? Tantos fatos?
O ato estava ali e tinha que ser real. Com o efeito de namoro no começo, sabores, sensações indecifráveis que só os apaixonados sabem descrever. O resto? Proibido saber.
Ele abriu o espumante, ela deu uma olhadinha na taça, encarou-o com os olhos felinos.
Naquele momento, ele se lembrou de uma certeza: Ela apreciava ainda, e como! Um copo duplo de cerveja. Com espuma.
Plumas dos travesseiros voaram em meio a tanto sabor.
Calor de corpos, água salgada escorrendo matando saudades.
Verdade! Depois de tantas despedidas, sempre às escondidas, sem nunca irem embora, ela e ele ainda eram os mesmos.
Sentiam os mesmos absurdos, beijos que transitam entre o desejo e o susto do cotidiano. Notas de um soprano.
Sem medo... Promessas eternas. Sem hora certa.
Vontade que o sentimento nunca mais se acabasse. Os devorasse. Enfim a sós!
Ela e ele... Eram apenas fragmentos de eterno amor.
Amor em nós.
 Sandra Modesto


domingo, 19 de março de 2017

Meus prêmios.

Oie! Recebi no mesmo dia, via e-mail duas mensagens. A de que um dos meus textos, foi selecionado. Outra que tinha sido classificada em segundo lugar na categoria, crônica, num mega concurso.
A gente se fala...
Abraços e segue vida!
https://youtu.be/XumGlYF9hj8








sexta-feira, 3 de março de 2017

Meus CEM ANOS DE SOLIDÃO

CIEN ANOS DE SOLEAD (título original)
CEM ANOS DE SOLIDÃO- Gabríel Garcia Márquez
"Estirpe de solitários para qual não será dada uma segunda chance sobre a terra".
O romance por si só, constitui-se de um gênero literário mais substanciado, elucidando fatos que permeiam o contexto. A narrativa é mais prolongada. Com uma descrição detalhada quer do espaço em que se passa a história, quer nas características físicas e psicológicas das personagens. Eu senti isso ao me deparar com cada página.
Em Cem anos de solidão, o autor colombiano, Gabriel Garcia Márquez, é imbatível ao nos deixar surpresos com o narrativo mítico de Macondo (Nome fictício do lugarejo do universo da história).
A grandiosidade da história fez com que eu percebesse muitos traços de jornalismo. O que me encantou muito.
A família Buêndia que tem como patriarca, José Arcádio e a matriarca Úrsula, levam a história marcada por intertextos bíblicos, exaltado pelas passagens de Êxodo e Gênesis. Seria completamente impossível, não se identificar com o pudor feminino, o machismo, traições, superstições, luta pela terra, doenças, mortes, perdas e conflitos. De geração em geração, os anos vão decifrando mensagens, todos os personagens são principais. O livro é construído exaltando todos os que viveram os "Cem anos de solidão". Tornando o enredo rico e caracterizado nos pormenores de pessoas e acontecimentos. Os usos e costumes dos ciganos e suas solidões levam a história sozinha. Permitindo uma leitura instigante e referendada.
A vida dos ciganos e o que cerca esse universo mítico me fez relembrar muitos acontecimentos e isso me assustou e ao mesmo tempo me fez viajar na minha geração e estirpe. Todavia, por aqui, os ciganos eram pessoas marcadas por preconceitos. Cresci ouvindo que ciganos eram pessoas feias, mal cheirosas, preguiçosas e tudo o que havia de ruim em um povo. No entanto, na minha genealogia o casamento entre primos, a cura pela fé, e a cartomancia, existiam, existiram, existem. Fatos que nunca esqueci. Não completamente.
Eu confesso que a leitura, me deixou um pouco culpada. O motivo é pelo simples fato de só agora ter me defrontado com a história.
Não sou mais excluída. Eu li CEM ANOS DE SOLIDÃO.
Nos meus antepassados eu preciso ter sido uma Buêndia. Uma Modesto em Macondo.
Agradeço a leLIVROS por conceder-me a liberação da leitura eletrônica. Não foi fácil ler tão devagar, uma vez que os epilépticos não podem ficar por muitas horas frente ao computador. Mesmo assim, foi incrível. Vou reler sempre que quiser. E já pedi no formato impresso pela estante virtual. Até para escrever tudo que estou publicando nesse momento, eu tive que dar um tempo. Realmente eu não posso brincar com a medicina. Por favor, uma erva!
São seis horas e trinta minutos de uma sexta-feira, dia três de março de 2017.
Posso ser feliz! Háhá! Com informações importantes:
O livro foi publicado em 1967. Ganhou o prêmio Nobel em 1982.
Tradutora da edição lida por mim: Eliane Zaguery.
Editora: Record- Rio de Janeiro e São Paulo.
Gabriel Garcia Márquez foi escritor, jornalista, editor, ativista político.
Descobriu que queria ser escritor, depois que leu, - A Metamorfose de Franz Kakfa.
O livro não foi o preferido do autor, revelando que preferia "O outono do Patriarca".
Gabriel (Meu amigo íntimo. Risos.), foi considerado o melhor contador de histórias do século xx. "O contador de histórias solitárias".
"São os solitários que se espalham e espalham por mais de cem anos pelos Macondos de todo o mundo."
O autor nasceu em Aracataca, Colômbia. Morreu em 17 de abril de 2014. No México.
Existe no jornalismo líbero americano, o prêmio Gabriel Garcia Márquez.
Países Iberos- americano: Argentina, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Chile, República Dominicana, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México.
Em 2004, Ivana de Siqueira, foi a responsável pela criação da OEI, Organização dos estados Ibero-americanos. O objetivo? Promover e divulgar os autores.
  Em 2017, o MINC cortou bolsas de até setenta e cinco por cento do valor do curso para os brasileiros que passavam pelo processo seletivo da escola, EICTV- referência no ensino de audiovisual do mundo vista como melhor escola da área na América latina. Fundada em 1986 teve como pioneiro e principal investidor, quem? Gabriel Garcia Márquez.
O corte foi uma estupidez desse governo da insensatez (opinião minha). E lá se foi o fim da parceria entre Brasil e escola de cinema de Cuba.  Preconceito, não? Eu entendo assim.
Detalhe: A primeira edição do livro com dedicatória foi roubada em uma bienal.
Boa noite , partiu; Macondo.
Sandra Modesto.

  Quarto turno Eu soube há pouco tempo a respeito de um campeonato de ioiô. Era uma tarde quase no final, mas o café esfriava, enquanto ...